Vehuiah apareceu para que eu apresentasse seu livro infinito aqui dentro de meu próprio livro: The Kurukshetra Vaudeville. Contou como preparou esse livro: escolheu um escritor ao acaso, um bem medíocre por sinal, elegendo os treze contos de um livro seu como as parábolas e os pilares de um novo evangelho. Não modificou uma linha sequer, os utilizou como estavam originalmente, demonstrando que o todo e o sagrado são emitidos de qualquer coisa que seja. Não só tornou-os parábolas para uma nova era, mas tornou-os realidade. Os personagens e histórias dos contos passaram a existir no mundo real, demonstrando que tudo o que pode ser imaginado pode existir. E a partir de cada parábola o livro apresenta logo a seguir, a interpretação de quem o leu, o que a pessoa entendeu e gerou daquilo, demonstrando principalmente que qualquer texto, qualquer criação tornar-se-á milhares de outras nos túneis de bombardeamento na cabeça de cada um que lê, gerando um infinito de versões que farão também parte do livro. Assim que alguém analisa uma parte do texto de maneira original em sua própria mente, sua versão é incluída instantaneamente, tornando-se um livro infinito, que aumenta suas páginas a cada novo leitor. Portanto, a obra é formada de 13 parábolas daquele escritor medíocre e todas as interpretações dos leitores sobre essas parábolas. E as interpretações das interpretações. Como uma esponja, ele absorverá sua interpretação pessoal sobre cada linha do que lê, e você então verá impresso nele, com todas as letras, nuances e idiossincrasias, a sua própria versão. O livro não permite que nenhuma interpretação sobre ele mesmo fique de fora. Todo leitor torna-se co-autor imediatamente.

continua…

leia: Vehuiah se apropriando das parábolas – abertura de The Kurukshetra Vaudeville