Como seus olhos e boca ficam em zonas extremamente erógenas do corpo, Erotina vê tudo com malícia e praticamenete só fala de sexo. Mesmo quando tenta mudar um pouco de assunto, seus pensamentos a traem e ela coloca duplo sentido em todas as suas frases e no tom de voz sempre sensual.
Perguntei se queria café e ela respondeu da seguinte maneira:
-Quero sim doutor, quentinho e espumante. Vou engolir tudinho.
Eu ficava envergonhado e sem graça o tempo todo com as coisas que ela falava.
Erotina disse que nunca conheceu ninguém que não a atraísse sexualmente. Isso significava dizer também que não nos sentíamos muito especiais com o tesão que nos devotava, mas confirmou que alguns lhe ascendiam mais a libido que outros.
Tinha que tomar remédios fortíssimos para conseguir ficar algumas horas sem fazer sexo. Mas disse que nessas horas sem ação, ficava só pensando na hora que iria fazer, imaginando cenas tórridas de sexo selvagem.
-Em que posso lhe ajudar Dona Erotina?
-Doutor é duro, muito duro e muito rígido só pensar em sexo.
-Mas a senhora não ama isso mais que tudo?
-Mas as vezes eu acho que eu deveria ler um livro de capa bem dura, um livro bem grosso doutor que entrasse em mim com sua sabedoria e arreganhasse meu cérebro…
-A senhora já leu algum livro?
-Nunca doutor, já tentei ler durante o ato sexual, mas fica balançando e eu não consigo ler direito.
-Por que não lê quando está sem ter relações?
-Porque meu cérebro fica muito ocupado imaginando sexo e eu não consigo me concentrar de jeito nenhum. Por incrível que pareça, enquanto faço sexo é a hora que menos penso em sexo.
-Acho que seus remédios não funcionam tão bem. A senhora tem uma vida espiritual?
-Nem me fale nisso doutor. Se penso num paraíso, só penso nos anjos se pegando e fico doida. Nunca entro numa igreja porque é o lugar que me deixa mais excitada e fogosa de todos. É sacrilégio doutor.
Continua…
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