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Carta 13 “A Morte”
Palavras chave: “morte física de alguém próximo”, “sofrimento pela perda”, “morte de uma ideia antiga”, “morte de um sonho”, “meditação sobre nossa mortalidade”.
Você vai morrer uma hora ou outra. Assim como todos que você conhece. Em 100 anos ninguém que está aqui hoje estará vivo. Aprenda a deixar as coisas irem. Só existe nascimento com morte. Quando nasce uma criança, a mãe teve a morte de sua liberdade. Sexo existe, porque a natureza sabe que você morrerá e precisa se perpetuar passando o gene para frente. Não existiria sexo se não existisse a morte. Não existiria criação se não houvesse morte. Nesse momento a morte apareceu para você. Algo está morrendo ou morreu. É uma limpeza. Até vir o novo a dor reinará, mas aprenda a ver a beleza de lamentar o que se foi. É uma expressão poderosa de amor. Mas o período de luto uma hora deve terminar, não deve ser estendido. Se você está aqui, você está viva. Celebre e agradeça o dia… A vida é vida porque está em perpétua transformação.
Se você perguntou nessa consulta sobre se algo ou alguém é para você, a resposta é não. Só te trará lamentação e dor e nada que te faça crescer ou ter prazer. Essa é a morte ruim que não precisava existir. Tira você do seu caminho e te mata emocionalmente. Quem morre é você mesma, seu “eu” verdadeiro. Existem dores desnecessárias que a sabedoria e a intuição podem evitar. Nada pior do que estar morto em vida.
Não deixe nada putrefato embaixo da cama. O que morreu, morreu. Não aceite coisas que vêm já mortas para você, só para ocupar espaço. O cheiro é insuportável e não deixa você sentir os bons em volta.
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